segunda-feira, 21 de junho de 2010

o amor abraça o universo

Carta ao Sol

Sol, grande Sol Central, permita que eu continue encontrando luz e, como reaçao que eu irradie mais e mais luz. No caminho da luz, que eunão perca mais o plano, que eu me abrace ao serviço e à transform(ação), que a poesia e a arte comecem a imperar nos dias e que as cores de seus raios e dos doze raios sagrados envolvam-me com amor.

A energia do amor-sabedoria cava mais e mais profundamente um poço de luminescência no coração da minha alma.


sexta-feira, 18 de junho de 2010

utopia

Utopia

Alma Amor Arte
Arte Alma Amor
Amor Arte Alma

Assovia o ventro dentro
de nós
Viajamos por coragem
a encontrar calmaria voraz
Vento traz além o oceano
vivo de elementos
Mentes que se abrem
e tudo, tudo se faz possível
Pessoas que se unem
Mundos que se fazem
Mentes se inquietam
Irmãos renascem na força
O fundo, o fim do ciclo
Chegamos no caminho do estradar

Instante certo
Momento de estar perto
De si e de Deus
Irmãos amigos festejemos
Convoco-lhes à festa das estrelas

Luz sereia carinho cuidado
Serena
Luz Clareia para que ela
Emane mandalas de fé
Olga dos ventos que nos guiam
A andar a pé

Até o fim do ciclo
Emana amor, Salva-a-dor
Manifestarte por entre
signos e clareia com a luz do espírito
Entoa cânticos e acordes
Acorda a luz da cura, raio de sol
Este que é amigo
A festejarmos abrigo

Amigo esse que emana amor,
esse que cala a dor
Nos guia-leva e contempla
Cor
Coragem tua escalada-além

Além do que se é
as lendas das fadas
Susan sinto sua fé
Sabedoria sangue ser mulher
Sai do mundo-A voar
Harmonia

Um Planeta melhor
outra realidade
realizarte em essências
Arquitetar a consciência
Colorir as ciências
Amor Amar Arte densa
Nossa união é por vivência
Transformar ação em cor ação
Canção de nós irmãos
Raios do Sol
A Viajar na contra-mão

Canto Poesia Arte Emoção
Flor Mandala a Vida
A mudá-la

O encontro de nós mesmos
nessas terras
Um respiro, um só
A juntar nossas Essências

(Ar te)rra Fogo Água
(A mor)ada da nossa união
Alma Luz Coração
Há uma luz em nosso caminho

terça-feira, 15 de junho de 2010

a vitória da infância

Eu queria que ela fosse meu anjo.

O som do intangível soou: Vitória. Agora e na hora. Vitória. Brincar nada mais no jardim.
Lá fora.
As danças dos dias. O fluir dos movimentos por lados que não se tangem - O confrontar das veias humanas que se interligam em corpos separados juntamente respirantes.
Para que é que nos ligamos se há ruptura tão grave?
Não há e não há menos que respostas.

Dias de notícias tristes porém há sempre uma maneira certa de reescrever os momentos e fazer brilhar com mais força da arte. A semente da poesia para 'nhá terra' - verdade da vida - brotou em profundidade. Cavou com profundeza no coração da minha alma.
Querer aprender cultura. Dança. Congada. Roda. Ciranda. Cantiga. O lúdico brota e a cultura vivo, para que eu possa contaminar meus irmãos com a força da arte de aqui existir. Existir-criar.
Eu preciso fazer crescer. Eu preciso fazer crescer.

Num momento de indefinição do espírito, não sabia se era eu. Penso melhor. Sou ou estou sendo? Talvez eu esteja me tornando, em suspense do que me tornarei. Sou. Tenho uma testemunha. Volto a ser-me infante. Olho bem, e tenho receio do toque. Olho melhor: espelho. Olho menos e afasto-me. Medo de clarear.
Não há o medo e o caminho é a vitória. Tranquilizo.

Nada mais. Vibração intangível, salto incrível do coração. Criança senta, diz: "Eu queria que você fosse meu pai".

Pai de mim mesmo, eu quero fazer crescer.

silenciosa preguiça

Preguiça de espírito. Onde estou eu em essência - na minha autoinvestigação sem fim - por enquanto? Sem fim, no entanto, no tempo em que a interrogação não se apresenta. Não há tempo e o despertar é constante.

Gratidão, porém, é viver pleno de mim. E ter conquistado tanta paz maior no corpo terra, mais serenidade na mente fluido, mais vida no espírito fogo e menor distância entre o que eu e a alma (silêncio).

Não há mais tempo e a vida faz-se plena. Todas as oportunidades se adiantam e já cantam: acorda acorda acorda e acorda. De acordo, dito espírito, digo: viva! Dito os acordes entoando a vibração primeira que me ciranda a todos os semelhantes seres.

Pra terra me entrego. Ao silêncio faço-me grande dentro de mim: sou maior que eu.

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Que horas são? Estou mesmo aqui? pergunto a cada instante só para camuflar o meu projeto de querer estar noutro lugar, só para que eu tenha um minuto a mais de suposta segurança, mas não me encontro aqui e a hora não é essa que me dizes, há um luminoso colocar-se no mundo e uma hora extra, estou zero-hora ...

(HILST, Hilda. Tu não te moves de ti. São Paulo: Globo, 2004. p. 32.)